CAVALCANTI,
A. L.; RODRIGUES, C. M. D.; FRAZZI, R. - Revista Paulista de Odontologia, nov./dez.,
1996.
“As mordidas cruzadas são mal oclusões bastante
frequentes, causando alterações no perfil do paciente quando não tratadas
precocemente, uma vez que elas não são autocorrigidas com a erupção dos dentes
permanentes.”
“Do ponto de vista da oclusão, cabe ao clínico e
mais especificamente ao odontopediatra, identificar, diagnosticar e tratar
precocemente algumas das más oclusões presentes nas crianças, já que o mesmo
acompanha o paciente desde a mais tenra idade até a adolescência. Quando as
crianças são tratadas durante a dentição decídua, o crescimento e
desenvolvimento normais são mantidos.”
“A mordida cruzada é uma relação anormal
vestíbulo-lingual dos dentes da maxila ou da mandíbula, ou de ambos, quando em
oclusão. Pode ser uni ou bilateral, anterior ou posterior.”
“É a incapacidade dos arcos superior e inferior em
ocluir normalmente em uma relação lateral, podendo ser decorrente de problemas
de posicionamento dentário, de crescimento alveolar ou de uma grave desarmonia
entre a maxila e a mandíbula.”
“Podem ser produzidas por: 1) interferências
dentárias, 2) distúrbios têmporo-mandibulares e 3) uma assimetria dos arcos
superior e inferior.”
“O desenvolvimento de uma mordida cruzada é
usualmente acompanhado por um desvio da mandíbula para o lado afetado quando do
fechamento da boca”
“O diagnóstico depende de vários fatores, incluindo
avaliação clínica oclusal, avaliação funcional comparando a relação de
fechamento cêntrico com a oclusão cêntrica ou posição de máxima intercuspidação
e a análise da dimensão do arco dentário que compara, especificamente, a
largura de cada arco”.
“O tratamento precoce através somente do desgaste,
ou em combinação com a expansão, é aconselhado para reduzir a prevalência das
mordidas cruzadas e, provavelmente, em alguns casos, eliminar a
necessidade de tratamento em estágios posteriores do desenvolvimento da oclusão.
Todos os autores concordam que o mesmo deve ser precoce e sempre que possível
deve-se interceptá-las na fase de dentição decídua, antes que problemas mais
graves se instalem nas dentições mista e permanente, dificultando o tratamento
posterior”.
“Pode-se concluir que: 1- A análise funcional da
oclusão é uma ajuda válida para o diagnóstico de interferências dentárias que
levam a alterações oclusais. 2- Um correto diagnóstico e o conhecimento sobre o
crescimento e desenvolvimento infantil capacita o odontopediatra a interceptar
as mal oclusões em uma idade precoce. A correção dos problemas funcionais
permitirão o crescimento e desenvolvimento normais e podem simplificar qualquer
necessidade de tratamento ortodôntico futuro.”
Fonte do arquivo: http://www.odontologiainfantil.8m.com/publicacoesa2.htm
Fichamento feito por Taíse Nogueira Rolim, aluna
do curso de Odontologia da Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio.
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