1º FICHAMENTO - O Odontopediatra Diante de Maus-Tratos Infantis: Diagnóstico e Conduta
CAVALCANTI, A. L.; VALENÇA, A. M. G.; DUARTE, R. C.
- J Brás Odontoped Odonto Bebe, v. 3, n. 16, p. 451-455, nov./dez., 2000.
“Conceitualmente, a violência pode ser considerada
toda ação danosa à vida e à saúde do indivíduo, caracterizada por maus-tratos,
cerceamento da liberdade ou imposição da força.”
“A violência doméstica e o abandono de crianças são
problemas atuais da sociedade brasileira e mundial, ameaçando o seu bem-estar
físico e mental. Diante desse fato, é crescente o número de profissionais das
mais diversas áreas, bem como a sociedade em geral, que estão se mobilizando
contra essas agressões.”
“Os maus-tratos praticados pelos próprios pais ou responsáveis são
extremamente comuns, assumindo proporções assustadoras em países que já se
organizaram para o recebimento de denúncias.”
“A violência doméstica no Brasil atinge proporções que poderiam ser
consideradas alarmantes. Cerca de 12% das crianças com menos de 14 anos são
agredidas, podendo existir uma média de 750 crianças sofrendo violência em casa
a cada hora.”
“Identificar maus-tratos e notificá-los às autoridades são obrigações
dos profissionais que lidam com crianças e adolescentes e, em especial, dos
profissionais da saúde.”
“Um dos primeiros relatos de maus-tratos físicos ocorreu nos EUA, em
1874, tendo como agente agressor a madastra. Este caso foi encaminhado à
Sociedade de Prevenção de Crueldade contra Animais. Posteriormente, no ano
seguinte, criou-se a Sociedade de Prevenção de Crueldade contra Crianças.”
“Maus tratos podem ser divididos em físicos, sexuais, psicológicos
e negligência. Essas categorias se superpõem: todas as formas de
maus-tratos apresentam componentes emocionais e o abuso sexual é
também categoria de maus-tratos físicos.”
“O abuso sexual é, provavelmente, a forma de maus-tratos cujo
diagnóstico torna-se difícil, uma vez que muitos casos deixam de ser relatados
por outros membros da família. Os maus-tratos emocionais também são difíceis de
serem comprovados, contudo podem ser muito lesivos em termos psicológicos.”
“O cirurgião-dentista, como profissional da saúde,
e, principalmente, como cidadão, deverá estar capacitado para identificar casos
de crianças ou adolescentes vítimas de maus-tratos, fornecer os cuidados
dentários emergenciais necessários e notificar as autoridades competentes.”
Fonte do artigo: http://www.odontologiainfantil.8m.com/publicacoesa18.htm
Fichamento feito por Taíse Nogueira Rolim, aluna
do curso de Odontologia da Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio.
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